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quinta-feira, 3 de março de 2011

Morcegos

morcegoAlguns mitos sobre os morcegos!



Morcegos são cegos": os morcegos não são cegos, alguns deles inclusive têm ótima visão.
"Morcegos fazem ninhos nos cabelos das pessoas": morcegos não fazem ninhos como os pássaros; morcegos empoleiram-se.
"Morcegos atacam as pessoas": morcegos não atacam as pessoas, eles são animais pequenos e tímidos. Lembre-se, somos muito grandes para um morcego e eles têm medo de nós.
"Todos os morcegos têm raiva": este talvez seja o mito mais comum. Todos os morcegos não têm raiva; como qualquer outro mamífero, os morcegos podem contrair raiva; entretanto, a presença de vírus nas populações de morcegos tem uma taxa muito pequena.
A melhor prevenção contra a raiva é não tocar em um animal selvagem doente ou machucado, pois ele provavelmente vai morder para se autodefender. Um morcego caído no chão, assim como qualquer outro animal silvestre prostrado é sinal de que deve estar doente.

Como evitar morcegos?


O método mais eficiente para evitar a permanência dos morcegos no telhado é a vedação dos acessos, preferencialmente utilizando tela de arame. 
Não se esqueça de verificar telhas soltas ou quebradas. 
Repelir os morcegos não é método fácil, portanto você deve evitar a sua entrada.
O uso da passarinheira no beiral do telhado impede a entrada de morcegos, assim como de pássaros ou grandes insetos. 
O uso simultâneo de várias telhas Cristal é uma precaução a mais, uma vez que os morcegos fogem da luz solar.
Os morcegos são espécies brasileiras e protegidas por lei. Sua captura, perseguição ou destruição é proibida. Seu controle só deve ser feito por pessoal treinado e quando realmente necessário.
É importante lembrar que estes morcegos se alimentam de insetos e a destruição deles ou a remoção aumentará a quantidade de insetos, podendo causar um desequilíbrio, que poderá lhe trazer problemas maiores. 
Tão importante quanto o alimento é o seu refúgio. Importunando os morcegos você impedirá sua reprodução.

O que fazer se aparecer um morcego em sua casa?


Os morcegos que às vezes aparecem em nossas casas são quase sempre filhotes extraviados ou, acidentalmente, morcegos adultos que entraram voando por uma janela ou porta aberta. Muitas vezes estão somente á procura de comida.
- Ingestão de frutas, 
- Ingestão de água com açúcar, 
- Pela proximidade de refúgio diurno e 
- Para refúgio noturno.
Nem sempre o morcego é observado pelos moradores, no entanto, as marcas e fezes deixadas pelo animal, facilmente o identifica. 
Para evitar este problema, a solução mais simples é o armazenamento destes frutos no interior da geladeira, evitando que o morcego os localizem pelo odor. É possível que o morcego continue visitando até que encontre outra fonte de alimento.
O primeiro passo é ficar calmo. Se o morcego estiver voando, ele deve estar procurando uma saída para escapar. Os morcegos não hematófagos não atacam as pessoas. 
Acenda algumas luzes pela casa, de modo que você possa ver o morcego facilmente e ele também possa enxergar (nenhum morcego é cego). 
Em seguida, feche as portas que dão para outros cômodos, abra as portas e janelas do cômodo onde o morcego está e, se possível, acenda uma luz fora para que o morcego possa ver facilmente a saída.
O morcego tem uma excelente capacidade de se localizar através do som (como se usasse um radar), porém ele também está assustado por estar em uma casa humana. É muito provável que o morcego saia voando pela porta ou janela em poucos minutos.
Evite provocá-lo. 
Se você não sabe distinguir um morcego hematófago dos demais, se de forma geral não tem conhecimento sobre morcegos, é melhor não tentar capturá-lo.
Se possível, isole o local onde o morcego se instalou.
Afaste pessoas e animais do ambiente.
Se o morcego não tocou em ninguém, como geralmente acontece com morcegos que não são "vampiros", não há motivo de preocupação acerca de transmissão de doenças ou vírus. 

Lembre-se:

Deve-se evitar sempre o contato direto com qualquer tipo de morcego, vivo ou morto.

Não se deve pegar um morcego sem usar luvas grossas apropriadas.

Caso seja necessário, solicite a assistência do Centro de Controle de Zoonoses, ou outro órgão equivalente, de sua região.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Aspectos culturais

O morcego é sagrado em Tonga e na África Ocidental e freqüentemente é considerado a manifestação física de uma alma separada. Na cultura popular, os morcegos estão intimamente relacionados aos vampiros, que se diz serem capazes de se metamorfosearem morcegos. São também um símbolo de fantasmasmorte e doença. Entre alguns nativos americanos, como os CreeksCherokees e Apaches, o morcego é um espíritoembusteiro. A tradição chinesa afirma que o morcego é um símbolo de longevidade e felicidade, bem como na Polônia, na região da Macedônia e entre os Árabes e Kwakiutls.
Na cultura ocidental o morcego é freqüentemente associado à noite e à sua natureza proibida. É um dos animais básicos associado com os caracteres ficcionais da noite, tanto a vilões como Drácula, quanto a heróis como Batman.
No Reino Unido todos os morcegos estão protegidos pelos Decretos da Vida Silvestre e Zona Rural (Wildlife and Countryside Acts), e mesmo perturbar um morcego ou seu ninho pode ser punido com pesada multa.
Em alguns países asiáticos, morcegos são muito apreciados na culinária tradicional, contudo seu consumo vem sendo proibido devido à ameaça que representa para populações naturais já reduzidas por outros fatores.

Morcegos no Brasil

Os morcegos são espécies silvestres e, no Brasil, estão protegidos pela Lei de Proteção à Fauna. A sua perseguição, caça ou destruição, no país, são consideradas crimes. Morcegos são no Brasil a segunda maior ordem de mamíferos, com pelo menos 167 espécies distribuídas em nove famílias e 64 gêneros, sendo que a maioria das espécies do país pertence à família Phyllostomidae[28]. Cerca de 50% dos morcegos brasileiros se alimentam de plantas, dependendo delas ou não, diferente do padrão geral para a ordem Chiroptera toda, que contém 70% de insetívoros[15].
No Brasil, há uma organização civil de interesse público chamada "Sociedade Brasileira para o Estudo de Quirópteros" (SBEQ, http://www.sbeq.org), que congrega vários pesquisadores e admiradores de morcegos no país. O objetivo da SBEQ é fomentar a pesquisa, a conservação, a educação e a divulgação científica sobre esses animais. A SBEQ tem um evento científico próprio, chamado "Encontro Brasileiro para o Estudo de Quirópteros" (http://ebeq.sbeq.org), cuja próxima edição será em 6 de abril de 2010. O Brasil conta atualmente com mais de 200 pesquisadores de morcegos, além de vários admiradores desses animais, que ainda não são bem compreendidos pelo público em geral[29]. Há no Brasil uma revista científica com público internacional especializada em pesquisas sobre morcegos, a Chiroptera Neotropical (http://chiroptera.conservacao.org/).
Nos estados de Mato Grosso e de Minas Gerais vêm sendo registrados surtos de raivatransmitida por espécies hematófagas. Estes surtos são conseqüência da intensa ação antrópica, que cada vez mais vem tirando os alimentos (por exemplo, aves) e destruindo o habitat dessas espécies para a construção de casas e loteamentos. As populações humanas, ao se estabelecerem na rota de migração dessas espécies, acabam sujeitas a contrair a doença, que também afeta o gado.

Transmissor da raiva

Um morcego vampiro comum Desmodus rotundus, na Fazenda Canchim, Brasil
Ainda que o perigo de transmissão de raiva se resuma aos locais onde essa doença éendêmica, dos poucos casos relatados anualmente em algumas localidades, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Porém, na maioria dos lugares, especialmente nas cidades, os principais transmissores da raiva ainda são cães e gatos[26]. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contato com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, seguida de óbito. O maior problema relacionado à raiva transmitida por morcegos são as mortes de animais de criação, principalmente bois[26]. Os principais morcegos transmissores de raiva são da subfamília Desmodontinae (família Phyllostomidae), os famosos morcegos vampiros, porém morcegos de outros tipos também podem se contaminar e transmitir a doença[26].
Embora não se deva ter um medo desmesurado de morcegos, deve-se evitar manipulá-los ou tê-los no lugar onde se vive, tal como acontece com qualquer animal selvagem.
Os morcegos vampiros têm dentes muito pequenos e afiados, então podem morder uma pessoa adormecida sem que sejam sentidos. Além disso, eles são muito pequenos (cerca de 30 g), seu ataque é muito sutil e sua mordida é superficial, por isso é difícil que acordem a presa. Morcegos vampiros tem ainda um sétimo sentido, a termopercepção[27], que os auxilia a saberem quais vasos sanguíneos são mais superficiais, propiciando assim uma mordida menos dolorida (eles não tem anestésico na saliva, ao contrário do que se pensa).
Se um morcego for encontrado em uma casa e não se puder excluir a possibilidade de exposição, o morcego deve ser capturado e imediatamente encaminhado para o centro local de controle de zoonose para ser observado. Isto também se aplica se o morcego for encontrado morto. Se for certo que ninguém foi exposto ao morcego, ele deve ser retirado da casa. A melhor forma de fazê-lo é fechar todas as portas e janelas do cômodo exceto uma para o exterior. O morcego logo sairá.
Devido ao risco de raiva e também há problemas de saúde relacionados a suas fezes, que podem conter, entre outros, os fungos causadores da histoplasmose, os morcegos devem ser retirados das partes habitadas das casas. O site do Centro de Controle de Doenças dosEUA contém informações detalhadas sobre como manejar e capturar um morcego e sobre a manutenção de uma casa para impedir que morcegos nela se instalem.
Nos locais onde a raiva não é endêmica, como na maior parte da Europa ocidental, pequenos morcegos podem ser considerados inofensivos. Morcegos grandes podem dar uma mordida desagradável. Trate-os com o respeito devido a qualquer animal silvestre.
Há muitas outras informações interessantes sobre morcegos vampiros e outros animais hematófagos no site Dark Banquet (http://www.darkbanquet.com), mantido por Bill Schutt.

Interações com plantas

Um morcego Platyrrhinus lineatus se alimentando de um fruto de caqui-do-cerrado (Diospyros hispida), na reserva da UFSCar, Brasil
Um típico morcego nectarívoro (Lichonycteris obscura) na Reserva Michelin, Brasil. Na foto é possível ver o focinho e parte da língua, geralmente muito alongados em morcegos que se alimentam de flores.
Os morcegos interagem com plantas de diversas formas, como por exemplo através do consumo de frutos e sementes, do consumo de néctar e pólen, do consumo de folhas, da construção de tendas em folhas e do uso de cavidades em árvores como abrigos[14]. Essas interações podem ser classificadas quanto ao seu resultado para os morcegos e as plantas em quatro tipos [15]: comensalismo, ao utilizarem partes da planta como abrigo, sem causar-lhe prejuízo; parasitismo, quando consomem partes da planta sem matá-la, causando-lhe algum prejuízo; predação, caso matem as sementes ao consumirem os frutos;mutualismo, quando ambas as partes de beneficiam da interação, como no caso dapolinização e da dispersão de sementes.
Tendo em vista que o comensalismo não afeta a planta, o parasitismo por morcegos não chega a ser muito intenso e a predação também não é muito frequente (já que os morcegos não costumam danificar sementes, exceto pelos morcegos Chiroderma), o mutualismo é a interação que desperta mais interesse, tanto pela sua frequência quanto pela sua grande importância ecológica. Há duas formas básicas de mutualismo entre morcegos e plantas: a polinização e a dispersão de sementes.
Na polinização [16], os morcegos visitam flores para consumir néctar, e acabam por transportar o pólen de uma flor a outra, ajudando assim na reprodução das plantas visitadas. Algumas plantas, como algumas espécies de agave (matéria-prima da tequila), dependem fortemente de morcegos para sua polinizacão. Os principais morcegos envolvidos nesse tipo de mutualismo no Novo Mundo pertencem às subfamílias Glossophaginae, Brachyphyllinae e Lonchophyllinae (Phyllostomidae), e à subfamília Macroglossinae (Pteropodidae) no Velho Mundo. Os morcegos mais especializados em se alimentar de néctar geralmente tem poucos dentes e algumas espécies tem línguas extremamente compridas, que as ajudam a alcançar o fundo dos tubos florais de plantas muito especializadas na polinização por morcegos[17].
Na dispersão de sementes [18], os morcegos pegam frutos de diferentes plantas para comer e, ao fazerem isso, ingerem ou carregam as sementes, dependendo do tamanho. Com isso eles transportam as sementes por longas distâncias, ajudando também na reprodução das plantas e na colonização de novas áreas. No Novo Mundo, os principais morcegos dispersores pertencem às subfamílias Carolliinae e Stenodermatinae (Phyllostomidae), sendo responsáveis pela dispersão de mais de 500 espécies de plantas. No Velho Mundo, os morcegos frugívoros pertencem a diferentes subfamílias de Pteropodidae. Morcegos usam diversos critérios para escolher os frutos que vão comer, dentre eles o tamanho[19], a cor, o odor[20], a forma e a posição na planta[21]. Há morcegos frugívoros que, além de dispersarem sementes, podem também consumir algumas, sendo classificados como predadores de sementes; é o caso dos filostomídeos do gênero Chiroderma, que possuem adaptações fisiológicas e morfológicas para a granivoria[22][23].
Uma outra forma muito interessante de interação entre morcegos e plantas é a construção de tendas em folhas. Ainda não há consenso se essa interação é um comensalismo ou um parasitismo. Muitas informações interessantes podem ser consultadas em um livro de 2007 sobre morcegos fazedores de tendas [24]. Esse hábito de construir tendas e levar frutos para comer debaixo delas pode até resultar em benefícios para a dispersão de sementes de outras plantas [25].

Reprodução e Inimigos naturais

Um morcego Artibeus cinereuscuidando do seu filhote debaixo de uma tenda feita em uma folha, na Reserva Michelin, Brasil
Um morcego recém-nascido se agarra à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos freqüentemente formam colônias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de dois (em algumas espécies demorcegos frugívoros) a sete meses (em morcegos hematófagos), variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.
Embora a habilidade de voar seja congênita, imediatamente após o nascimento as asas ainda são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera se tornam independentes com a idade de seis a oito semanas, os da ordem Megachiropteranão antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmentemaduros.
A maioria dos morcegos tem apenas um filhote por gestação e de uma a duas gestações por ano. Há exceções como os morcegos do gênero Lasiurus, que costumam ter quadrigêmeos, e alguns morcegos Myotis, que podem ter três ou quatro gestações por ano[10]. A expectativa de vida do morcego vai de quatro a trinta anos, variando muito conforme a espécie[11]. Morcegos que se alimentam de plantas costumam ter sua sazonalidade reprodutiva influenciada pela oferta dos frutos ou flores de que mais gostam, porém em alguns locais as variações no clima podem ser muito importantes[12].


Inimigos naturais

Os morcegos pequenos são às vezes presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia existe um tipo de falcão que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas, pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Poucos morcegos descem ao chão para se alimentar, salvo casos observados nos gêneros Artibeuse Centurio. Morcegos podem ir ao chão devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim, como estratégia de aproximação ou então quando estão doentes. Também existem relatos de algumas espécies de sapos e lacraias cavernícolas que predam morcegos, além, é claro, de morcegos carnívoros maiores, especialmente da triboVampirinii, que se alimentam dos menores. Marsupiais neotropicais, como gambás e cuícasda família Didelphidae, também costumam predar morcegos. Cobras também são importantes predadores de morcegos[13].
Os piores inimigos dos morcegos são os parasitas. As membranas, com seus vasos sangüíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos. Alguns grupos de insetos sugam apenas o sangue de morcegos, por exemplo as moscas-de-morcego, pertencentes às famílias Streblidae e Nycteribiidae. Nas suas cavernas os morcegos ficam pendurados muito próximos, portanto é fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.